4/18/2009

pós modernices


Celular. Essa coisinha legal da pós modernidade, é sempre comentada e alardeada, ao lançamento de um modelo cheio de cacarecos inéditos. Os professores sentem-se infernizados. Os adúlteros horrorizados com os modelos que podem ter GPS. Os aficcionados por tecnologia, esvaziam os bolsos tentando acompanhar as mudanças, sempre adquirindo mais e mais modelos novos. E o mercado como sempre acertou em seu nicho de compra. Sim eles, os jovens. Tempos atrás produtores de relógios de pulso, tiveram que remanejar a função de seu aparelho, para que ele nao deixa-se de existir. E assim é, com um mundo onde se pode ver as horas em qualquer lugar, por que se ter um relógio? Por que ele agora é "acessório". Ele é status. Ou para outros é "visú"ou "istáile".

Estamos testemunhando o mesmo acontecer com o celular, num período bem mais curto de tempo. Hoje com o celular fotografa-se, ouve-se música, brinca-se com joguinho, usa-se no xaveco, manda-se mensagem, assite-se tv. tudo abaixo da qualidade de um aparelho que faça isso de verdade, mas pouco importa. E pera lá cara pálida, não se esqueça que o principal não mudou tanto em aparelho, como em serviço, ou seja FAZER E RECEBER chamadas. E o boato que o celular podia explodir? Você caiu nessa? Acho que seria um bom recurso, imagino o slogan "Celulares Bomba, ligue e termine com seus desafetos". E de que adianta a tecnologia se ela nao serve para harmonizar a relaçao entre as pessoas? Não me refiro a bomba atômica. Me refiro a ter um carro com o subwoofers, bazucas, neons. Pensar em um mecanismo "educador" ninguém pensa...

Assim sendo, sugiro as empresas de celular que ao invés de ter um fone de ouvido na caixa do aparelho,  deveriam colocar um tipo de chip, um desconfiômetro para o usuário. Para que ele se perceba ridículo ao atender em um cinema, por exemplo. Quem sabe tanta tecnologia sirva também para trazer boa coexistência. Quantas vezes no transporte público você teve de aguentar o meliante ouvindo aquela música (geralmente péssima) sem fone de ouvido? Sim, tiranicamente te obrigando a ouvir o que ELE considera música. Pois bem sejamos realistas, as pessoas não vão aprender. Gostam do "istalie". Enquanto a outra parte continue se incomodando e não reclamando. 

Então o futuro é o vendedor ambulante. Ele sempre saca as novidades e necessidades. Sempre esta lá com o guarda chuva  quando chove. Quem sabe, eles ou nós mesmo da APEs consigamos descolar uns trocos vendendo protetores de ouvido para se viajar tranquilo, pelos metrôs da vida...

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