3/19/2009

Conceito, Releitura e Técnica



Na história da arte, primordialmente, a cópia sempre foi o fator principal para o desenvolvimento do pretenso artista. Aprender técnicas de antigos mestres, estudar formas já transpostas do campo tridimensional para o bidimensional, copiar esboços, desenhos, pinturas, tudo para o contínuo aperfeiçoamento da representação gráfica. Praticamente todo mundo que hoje desenha, ilustra, pinta ou esculpe, copia ou já copiou seus ídolos em prol do crescimento próprio. Quando inserimos elementos gráficos criados previamente por um artista num novo contexto, cria-se a releitura. Embora ela seja bastante presente na arte, como Dalí e Picasso sobre Velázquez, ela muitas vezes é fraca e pouco agrega em relevância histórica à peça anterior. Em geral, principalmente na contemporaneidade, cria-se um conceito para dar sustentação à peça criada, buscando uma valorização maior da mesma, assumindo assim que o valor estético é limitado. Porém, quando se tem qualidade, aliar esses elementos resulta num passo além. Aqui mostramos uma entrevista de Aaron Noble, um artista/ilustrador apaixonado por quadrinhos. Com o advento da pintura digital, os quadrinhos dos anos 90 (em especial os da Image Comics) ganharam muito em efeitos visuais. Ganharam tanto que, para Aaron, a relação primeiro-segundo plano do quadrinho perdeu-se num visual abstrato, com detalhamento de cada parte do quadro. Mas... Qual seria uma real estética abstrata das comics norte-americanas? Com técnica, conceito e paciência, Aaron deu um passo além. Bem, o vídeo vai te mostrar. Brilhante.

-TC-

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